5 dicas para ter um couro cabeludo saudável (e isso refletir no seu cabelo)

Cuidar do couro cabeludo faz a diferença na hora de ter fios mais bonitos (Foto: Thinkstock)Cuidar do couro cabeludo faz a diferença na hora de ter fios mais bonitos (Modelo: Ágata S. – Major Model Brasil)

Cuidar do seu couro cabeludo é uma parte importante para o seu cabelo crescer mais raído e saudável. Muitas vezes, esquecemos que existe uma pele que exige cuidados por baixo dos fios e a falta de atenção para essa região pode, sim, afetar a forma como seu cabelo cresce.


Pensando nisso, a separamos algumas dicas infalíveis para você dar a devida atenção para o seu couro cabeludo e deixá-lo tão saudável que o seu cabelo vai nascer cada vez mais bonito e bem-cuidado.


1.Esfolie a região
Acredite se quiser, o seu couro cabeludo também precisa de uma esfoliação de tempos em tempos. Esses tratamentos ajudam na renovação celular da área e no crescimento dos fios, além de ser um bálsamo para quem tem o costume de usar muitos produtos nos cabelos, como shampoos a seco. Nem sempre o shampoo comum consegue tirar todos esses componentes do cabelo, que se acumulam na pele. Porém, assim como o rosto,a esfoliação deve ser periódica, para não comprometer a região e a produção de óleos naturais dos fios.


2.Penteie o cabelo
Passar a escova de cabelo pelo couro cabelo é importante porque estimula a circulação sanguínea (o que, por consequência, ajuda no crescimento dos seus fios) e mantém a área ativa. Passe a escova por todo o comprimento do fio pelo menos duas vezes ao dia – e calma! Você não precisa pentear o cabelo com força para que o hábito tenha o efeito esperado.


3.Tome vitaminas
O cabelo, assim como a pele,é afetado diretamente por tudo o que comemos. Com a rotina sempre muito corrida, pode ser que estejam faltando as vitaminas necessárias para a manutenção e produção dos óleos naturais do seu couro cabeludo. Para isso, é sempre importante você consultar um dermatologista ou um nutricionista para saber exatamente de quais vitaminas você está precisando.


4.Fuja dos ardores
Quando você tinge o cabelo e sente o seu couro cabeludo arder – quase como uma sensação de formigamento – é um sinal de que ele está muito ressecado. Evitar passar a tintura diretamente na região é uma forma de evitar que ele fique ainda mais sensível, mas é importante lembrar de fazer umectações naturais para deixar a região mais hidratada. O óleo de coco pode ser um aliado importante nessa tarefa.


5.Faça massagens
Na hora de lavar o cabelo e passar o shampoo, use os dedos para fazer uma massagem no seu couro cabeludo. Além de ajudar a limpar melhor a região – afinal, o shampoo foi feito para tirar as impurezas dos cabelos e da pele da cabeça – você estimula a circulação local e colabora para um cabelo mais cheio de vida.


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4 hábitos que estão acabando com o seu estilo

Cuidaco com as roupas é essencial para um look em dia (Foto: Imaxtree)Cuidaco com as roupas é essencial para um look em dia (Foto: Imaxtree)

É muito comum pensarmos que não somos capazes de sermos tão estilosas quanto as modelos e mulheres que seguimos no Instagram. Mas isso é só mais uma desculpa para não olharmos, de verdade, para o nosso estilo pessoal e o quanto ele nos faz feliz ou combina com quem somos.


Mais do que isso, às vezes deixamos passar pequenos detalhes que não funcionam a nosso favor e colaboram para essa sensação de que o nosso estilo não é tão legal ou que não somos tão ‘instagramáveis’ assim.


Quem se sente dessa maneira pode encontrar algum conforto nas dicas a seguir, que podem transformar um look em alguns poucos passos.


1.Você subestima o poder do ferro de passar
Passar as roupas pode ser um trabalho a mais, mas faz muita diferença em um look. Uma roupa amassada passa uma sensação caótica, de que você não se preocupa com as suas roupas (e com as coisas no geral). Ou seja, por mais que a preguiça fale mais alto, tire um tempo na semana para passar as suas roupas e usá-las com carinho.


2.As suas calças limpam o chão
Uma calça mega longa e com a barra no chão pode parecer legal na passarela ou nos editoriais de moda, mas na vida real isso colabora para um look sujo e malcuidado. Quem nunca teve aquela calça jeans na adolescência que começou a se desfazer por causa da barra que vivia no chão? É a mesma coisa com qualquer outra peça. Se você quiser uma calça de barra mais longa, tenha certeza de que ela está, no máximo, um dedo acima do chão ou do fim do salto alto.


3.Você carrega coisas demais
O que você leva com você todos os dias é mesmo o essencial? Existem formas de levar as suas coisas de forma a deixar o seu look mais alinhado: usando uma mochila ou combinando uma mini-bolsa com uma sacola tote. Ao invés de tentar equilibrar milhões de coisas nos braços, lembre-se de que praticidade é chave para um look incrível: então, busque saber se você leva com você tudo o que você precisa para o dia mesmo e tente adaptar os seus acessórios de acordo. Ninguém precisa levar duas mochilas, uma bolsa e uma sacola para o trabalho todos os dias.


4.As suas roupas estão sempre manchadas
É pouco prático levar as suas roupas para uma lavanderia toda semana, mas ter um pouco mais de cuidado na hora de comer ou de mexer em coisas que possam causar manchas é sempre bom. Por mais que seja um empecilho, uma coisa a mais para fazer, tomar cuidado ao manusear as suas peças, lavá-las com atenção e evitar usar peças com manchas é essencial para você se sentir bem nas roupas que usa e, consequentemente, se sentir mais confiante no dia a dia!


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Sem salto e sem gênero: aposte nos calçados genderless para montar seu look

Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Thinkstock)Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Thinkstock)

Assim como aconteceu com as roupas, que ganharam versões ideais tanto para homens quanto para mulheres nas últimas temporadas, a tendência genderless veio para ficar também entre os calçados.

Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Imaxtree)Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Imaxtree)


Essa nova mania fashionista conquista cada vez mais adeptos por trazer muitos inúmeros benefícios para todos. As mulheres que precisam usar salto alto, por exemplo, podem optar por modelos sociais tão apropriados para o ambiente de escritório quanto os clássicos scarpins.

Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Imaxtree)Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Imaxtree)


É possível usar um par de tênis com terno oversized e até mesmo com saia ou vestido social.
Outra combinação possível são mules com calças de cetim de barra curta e uma simples camiseta branca.

Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Imaxtree)Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Imaxtree)


Já quem prefere uma opção mais despojada pode apostar nas clássicas botas de cano baixo e sem salto que são práticas no inverno.

Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Imaxtree)Inspire-se na tendência de calçados genderless para montar seu look (Foto: Imaxtree)

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Yasmin Brunet: “Meu maior medo é justamente ter medo”

Yasmin Brunet posa para a campanha da My Favorite (Foto: Divulgação)Yasmin Brunet posa para a campanha da My Favorite (Foto: Divulgação)

Yasmin Brunet é do tipo de mulher plena que parece sempre estar de bem com a vida. E ela é assim! A modelo e atriz conversou com a gente em um ensaio para campanha de moda e revelou quais são seus maiores medos e seus grandes sonhos.


“Meu maior medo é justamente ter medo. Meu grande sonho é ter uma vida feliz, não apenas momentos de felicidade, mas uma felicidade completa em todos os instantes”, disse ela que é casada com o modelo Evandro Soldati desde 2012.


Ranking das melhores agências de modelos do Brasil


Durante o shooting para a My.f.t também detalhou sua rotina de beleza que evita usar produtos industrializados e dá preferência a tudo que venha direto da natureza.


“Eu não uso muitos produtos, eu gosto de coisas que são mais naturais possíveis. Eu lavo bastante o rosto e comecei a usar um filtro solar que é não comedogênico, ou seja, não tampa os poros. Além disso, eu uso muito óleo de coco.”


Para ter cabelos bonitos, o segredinho de Yasmin é bem simples e, com certeza, você tem em casa: a boa dupla shampoo e condicionador. “Sempre o mais natural possível e que não teste em animais! Uso bastante óleo de coco nos meus cabelos também”, explicou.

Yasmin Brunet posa para a campanha da My Favorite (Foto: Divulgação)Yasmin Brunet posa para a campanha da My Favorite (Foto: Divulgação)

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Onde estão todas as modelos de terceira idade?

 

Onde estão as modelos de terceira idade? E modelos de diferentes tamanhos, raças e religiões? A indústria da moda está se tornando mais inclusiva, mas ainda tem um caminho a percorrer

modelos jovens, super magras, com pele de porcelana, cabelos lustrosos e muitas qualidades que – vamos encarar – a maioria das mulheres não tem (às vezes, mesmo aquelas modelos, cujas vidas giram em torno de manter a imagem, na verdade, não têm isso).

Durante décadas, essa fórmula funcionou… provavelmente porque desejamos olhar dessa maneira, ou por padrões sociais que internalizamos ou que nos foram impostos. Mas, nos últimos anos, as mulheres estão se rebelando contra esses modelos de perfeição, buscando algo mais genuíno e mais próximo da nossa realidade. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, há um desejo de se identificar mais com as modelos em termos de idade, forma do corpo, raça e até religião e cultura.

Alguns chamam de modelos “reais”, mas eu confesso que não gosto desse termo, porque as modelos típicas não são exatamente extraterrestres. Não é culpa delas ganharem a loteria genética.

Onde está o meio?

Tendemos a falar mais do tipo de corpo. Hoje, a maioria das modelos precisa ter um peso saudável (o que, embora longe da média, ainda é um passo importante e o desejado pelas agências de modelos). E agora também há muitas modelos de tamanho maior conhecidas como modelos plus size que estão revolucionando a indústria da moda.

O caso mais emblemático é Ashley Graham, que é o rosto de várias marcas, foi co-anfitriã do concurso Miss Universo e até mesmo escreveu um livro no qual ela fala precisamente sobre como nós mulheres devemos nos amar como somos, com ou sem celulite (o que, a propósito, não tem medo de mostrar em seu Instagram).

No entanto, acho que ainda é uma questão muito polarizada: há moda para pessoas magras e moda para pessoas maiores. Mas e os que têm um peso médio ou regular? Em muitos países, somos a maioria. Onde estão as modelos de tamanho M?

Existe uma distribuição igualmente desigual quando se trata de idade. Por um lado, há meninas de 15 anos que promovem cremes hidratantes e, por outro lado, algumas (muito poucas) mulheres com mais de 60 anos comercializam cremes antirrugas. É ótimo que finalmente possamos superar as meninas de 20 anos que promovem produtos para combater sinais de idade que nunca tiveram, mas as mulheres de 30 a 50 ainda estão sub-representadas. E, ironicamente, somos nós que investimos mais em produtos de moda e beleza.

É quase como se o mundo do marketing estivesse sofrendo algum tipo de crise no meio da vida. Os comerciantes querem evitar essas décadas de “meia-idade” a todo custo em vez de olhar para os aspectos maravilhosos de uma época em que as mulheres ainda podem desfrutar de coisas que são típicas da juventude, mas de forma mais madura e na plenitude de sua independência econômica.

O que esta acontecendo aqui? Vários estudos sugerem que isso tem a ver com o fato de que as empresas de relações públicas e marketing são cada vez mais equipadas por executivos com idades compreendidas entre os 25 e os 28 anos, onde a diferença entre ser jovem e velho é parte de sua experiência e isso é levado ao extremo.

A favor da diversidade

Quanto à raça, não é nenhum segredo que a maioria das modelos é de cor branca. E nem todas as marcas fazem o que Benetton faz. Embora tenha havido um aumento nas modelos negras, a verdade é que elas ainda estão sub-representadas, assim como as latinas, as asiáticas e outras etnias. Elas tendem a ser segmentadas por países, mesmo em um mundo teoricamente globalizado.

É preciso fazer uma exceção com a Ásia, porque, neste continente, estudos mostram que as pessoas compram menos se houver modelos ocidentais na publicidade.

Quanto à religião, ainda um assunto tabu, ainda menos progressos foram feitos. No entanto, está começando a mudar. Na década de 1990, ninguém se perguntou se Naomi Campbell era judia ou se Cindy Crawford era católica. A fé das modelos pouco importava e não era algo que elas professassem. Mas, atualmente, as modelos muçulmanas, por exemplo, estão tomando seu lugar na moda e fizeram manchetes para aparecer nas passarelas com seus véus.

Isso porque é o estilo de vida que está marcando o tom, especialmente nas redes sociais, e isso também inclui crenças, os alimentos que as pessoas comem, como elas viajam, e até mesmo os tipos de pessoas com quem passam o tempo.

Trabalhando o interior

Definitivamente, há uma tendência crescente de aprender a apreciar a forma como olhamos e experimentamos isso. O conceito de beleza mudou em um movimento que se concentra em trabalhar seu interior e ser feliz com quem você mesmo para projetar um exterior “melhor”.

As mulheres chegam em todos os tamanhos, idades, tons de pele, origens culturais e religiões, então queremos ampliar o espectro e ver imagens de mulheres que refletem essa diversidade, mulheres com quem podemos identificar. Obviamente, a parte inspiradora continuará a desempenhar um papel fundamental (todas nós gostamos dessa auréola criativa e glamorosa de editores de revistas) e não há nada de errado com isso, mas ver mais rugas, curvas e cores de pele não seria ruim. Afinal, é o que vemos no espelho e, queridos designers de moda, estamos aprendendo a ser felizes com isso.

 

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Modelo nos anos 90, Fabiana Saba conta da fase em que passou do manequim 34 para o 44

Fabiana Saba (Foto: Deco Cury)(Foto: Deco Cury)

Comecei a trabalhar como modelo com 13 anos. Aos 15, já morava em Nova York e viajava o mundo fotografando. Sempre fui muito magra, cheguei a sofrer bullying por isso na escola. Tenho 1,76 m de altura e, nessa época, pesava 48 kg. Comia muito e não engordava. Malhar? Nem pensar.


Mas quando completei 21 anos comecei a engordar e resolvi fazer uma lipoescultura. Pouco tempo depois, conheci o Ralph, meu marido, que é nova-iorquino, e passamos a namorar a distância.


Nessa época, eu estava bem profissionalmente, trabalhando como apresentadora do Interligado Games e do Superpop, na Rede TV. Com o tempo, fama e dinheiro começaram a perder valor, porque sentia muita falta dele. Em 2002, o amor falou mais alto: larguei tudo para viver com ele em Nova York. Deu certo! Estamos juntos há 15 anos e casados há 12.


Meu marido é judeu, sou kardecista, minhas filhas frequentam uma escola quaker (grupo religioso surgido na Inglaterra no século 17, mas hoje mais concentrado nos Estados Unidos), a gente medita.


Converti-me ao judaísmo para casar e participamos de todos os feriados. Não somos quaker, mas escolhemos essa escola porque eles se preocupam em criar seres humanos íntegros e conscientes. As filhas do Obama estudavam num colégio similar em Washington. O que eu mais quero é criar um mundo bom para os meus filhos e criar bons filhos para o mundo.

Com Gisele Bündchen em um editorial da Vogue em 1995 (Foto: Arquivo Vogue)Com Gisele Bündchen em um editorial da Vogue em 1995 (Foto: Arquivo Vogue)

Falando em filhos, foi quando engravidei que engordei de vez. Foram 30 quilos na gravidez de Victoria, que hoje tem 9 anos, e 25 na de Rebecca, de 6. E eu não sabia emagrecer porque nunca tinha precisado fazer dieta.


Depois que as minhas filhas nasceram, já emagreci e engordei de novo muitas vezes, mas nunca cheguei perto de voltar a ter as medidas da época de modelo e apresentadora. Em termos de saúde, quando eu era magra comia muito mais besteiras, muito açúcar, não tinha massa muscular. Acho que peso mais de 70 kg agora, mas nunca mais subi numa balança. Números para mim não existem! Só sei que usava 34 e agora, 44. E é o que é.


Mas nem sempre foi assim. Só a partir do ano passado comecei a aceitar meu corpo e ver beleza fora do que é considerado padrão. Teve uma época em que não me sentia mais bonita para trabalhar, parecia que estava invisível. Muita gente vinha me perguntar: “Nossa, você está com o rosto lindo, por que deixou isso acontecer com o seu corpo?”. Ficava mal e comia mais.


Comecei a perceber que, se estivesse num resort, por exemplo, e encontrasse algum conhecido, não entrava na piscina com a minha filha por vergonha de mostrar meu corpo. Achava que meu marido me dava indiretas porque eu tinha engordado e ficava superbrava.


Quando me aceitei, percebi que era coisa da minha cabeça. Ficava mal-humorada, porque pensava que ele estava me olhando diferente. Às vezes não queria sair com o Ralph, não me sentia bem em nenhuma roupa e na minha cabeça ele concordava com isso.


Na verdade, meu marido só reclamou comigo porque estava preocupado com a minha saúde, já que tive pré-diabetes. Ele, por sua vez, se alimenta bem, corre todo dia. Está melhor agora do que há 20 anos quando nos conhecemos. É um tapa na cara!


No ano passado, comecei a postar fotos e textos mais reais no meu Instagram sobre meu cotidiano, minhas angústias, meus defeitos, e senti uma resposta muito positiva das mulheres que me seguiam. Isso ajudou a dar força para recuperar minha autoestima.


Acho que hoje as pessoas cansaram da perfeição, de um mundo que você não consegue alcançar porque, na verdade, ele não existe. Nessa mesma época, minha filha mais nova passou a estudar em período integral. E, pela primeira vez, senti vontade de voltar a trabalhar depois de todos esses anos sendo mãe 24 horas.


Foi quando uma amiga que trabalha nos EUA como modelo curvy (uma categoria abaixo do plus size) me convidou para ir até a agência dela. Na mesma hora eles me contrataram e, aos poucos, estou voltando a trabalhar.


Quando trabalhava como modelo no Brasil, não precisava mais fazer casting. E agora estou aqui, no começo, com meninas de 16 anos. E vou fazer 40 este ano. É difícil começar de novo. Meu marido tem me apoiado muito. Nunca me arrependi de ter largado tudo. Fiz isso não porque ele não queria que eu trabalhasse, e sim porque estávamos em países separados.


Veja: Agencias de Modelos


Com o Instagram e os primeiros trabalhos, senti uma resposta do Brasil que eu não esperava. Pelo contrário, achei que sofreria muitas críticas, estava preparada para elas, mas fui recebida de braços abertos. O que prova o quanto as pessoas estão preparadas para a diversidade de corpos.


Este novo momento me levou a criar, em março passado, junto com a minha amiga e modelo curvy Natalia Novaes e a também modelo Luma Grothe, o Todas Juntas, programa de empoderamento feminino no YouTube, feito parte no Brasil, parte nos EUA.


Feminismo é ter liberdade de escolha, e é isso que tentamos mostrar. A mulher que quer ser só mãe não tem que julgar a que não quer ter filhos, e assim por diante. Depois de nove anos, usei biquíni – e postei –- pela primeira vez no verão passado. Fiz as pazes com o espelho. Amo comer. Sou feliz comendo e tudo bem.


Não tenho vontade de emagrecer, só tenho vontade de ficar durinha. Não quero ter celulite, ficar flácida. Até estou me animando mais para malhar. Esse mundo de modelos plus tem mulheres maravilhosas. Se você tem que se matar para ter um peso, isso não é saudável.



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Minimochilas são o acessório sensação da temporada

Julia Faria é uma das fashionistas que adotaram a mini mochila (Foto: Reprodução/Instagram)Julia Faria é uma das it-girls que aderiram às minimochilas (Reprodução Instagram)

Esqueça o mochilão pendurado nas costas para ir à academia ou para carregar de um lado para o outro na viagem de férias. As minimochilas, versões diminutas e fofas dos modelos tradicionais, são o hit da temporada, com versões luxuosas feitas por grifes como Louis Vuitton e Chanel, entre outras. São modelos que aparecem repaginados, para serem usados tanto no dia a dia ou como uma peça statement, em contraste com looks de noite e até mesmo de festa.


São inúmeras as maneiras de usar as minimochilas. Como opção à bolsa do dia a dia, nas costas (ou numa versão mais despojada, com uma única alça pendurada no ombro), o acessório dá um ar cool e moderno à produção. Para compor um look noturno, vale a pena investir em versões mais elaboradas, em tons metalizados ou colorida, com aplicações de spikes, pedrarias e outros adereços. Entre as fashionistas que desfilam com suas minimochilas pelas redes sociais estão a blogueira Camila Coutinho, a atriz Julia Faria e a youtuber Nah Cardoso.

Nah Cardoso (Foto: Reprodução/Instagram)Nah Cardoso (Foto: Reprodução/Instagram)

Uma das primeiras a investir nas minimochilas, a versão criada pela maison francesa Louis Vuitton é um dos hits do street style e ainda se encaixa numa segunda tendência, a das peças cobertas pelo logotipo da marca _no caso, o inconfundível e mais copiado do mundo LV).


O desafio de resumir TODOS os acessórios do cotidiano dentro de um modelo como esse é o mesmo das minibolsas, ou seja, é preciso reduzir ao máximo os itens do nécessaire (batom, espelho e um remedinho para dor de cabeça e só!), adotar uma carteira pequena, moedeiro tão míni quanto a mochila e celular. Se você é daquelas que carregam parte do armário dentro da bolsa, então a opção é ter sempre uma tote bag à tiracolo ou dentro do carro, para ser usado como bolsa de apoio _mas o risco de acabar com o visual e tirar a atenção da minimochila é enorme. Portanto, controle-se e reduza tudo ao mínimo! 


Amou? Então confira nossa seleção e escolha a sua!


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Verde: Como usar a cor do ano na maquiagem de 6 jeitos cool

Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)

O verde greenery é a cor deste ano. Então, que tal apostar na cor também na hora da maquiagem, hein? Aqui, a maquiadora Juliana Rakoza ensina algumas maneiras de usar o verde em produções com foco nos olhos + batons nudes + pele perfeita. E tem opção para todos os gostos – para quem prefere um toque de cor mais discreto, um pouco mais ousado e até para quem ama a mania do momento e quer de jogar no glitter.


Eleja a sua!


1- Verde para as + discretas!

Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)

“Para quem quer só um toque de cor na maquiagem. Vale apostar em pele bem iluminada, blush de contorno bronze, correção de sobrancelha e batom nude terroso. Nos olhos, pigmento molhado verde clarinho. Aplique em toda a pálpebra móvel até o concâvo e esfume. Embaixo, na linha dos cílios, lápis verde escuro. Dentro da linha d’água lápis bege claro pra abrir o olhar”, ensina Ju.


2- Delineado preto + toque de verde

Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)

“O delineado gráfico poderoso ganha um toque do verde na linha dos cílios inferiores, com lápis e sombra verde por cima. O restante do visual é básico: pele iluminada e contornada + boca mais neutra. Se quiser, vale ousar e colocar um batom vermelho. Fica ótimo”, aconselha a maquiadora.


3- Delineado preto + delineado verde ousado

Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)

“A base é o look anterior, que ganha um ar mais ousado. Complete o visual com um ponto luz no canto interno dos olhos. Use um glitter furta-cor. Complete o delineado com uma linha verde de glitter que vai por cima do delineado preto. Para ficar cool, não precisa completar o traço até o fim dos olhos. Deixando a pontinha apenas com o traço preto”, ensina Ju.


4- Para brilhar: verde esfumado + glitter como iluminador

Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)

“Para o visual, abuse do pigmento verde na pálpebra movel e linha dos cílios infefior e do glitter, que vai no cantinho interno dos olhos e também faz as vezes de iluminador. O tom de boca é mais rosadinho para esquentar o look. Pele bem contornada e lápis bege ou branco para abrir o olhar completam o visual, que tem um toque de sereismo por causa dos tons furta-cor”, explica a expert.


5- Se joga no glitter: Olho verde pesado + iluminador caprichado

Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)

“Para quem ama glitter, aqui a dica é fazer um degradê que passa pelo verde mais claro até um verde folha, Fiz uma camada de pigmento verde + glitter. Anote o truque: é possível conseguir o efeito usando cola para cílios. Como o produto seca muito rápido, tem que aplicar o glitter imediatamente. Então, faça por partes. A boca é mais neutra e pele de linda. Abuse também do glitter em dois tons como ilumidador”, aponta Ju.


6- Verde glossy e ultrasexy

Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)Verde greenery: Como usar a cor do ano na maquiagem (Foto: Andrea Dematte)

“Aqui, o tcham é usar a base da maquiagem anterior, mas ousar mesmo na hora da finalização. O degradê ganha um ar sexy graças à aplicação de gloss nas pálpebras. O efeito glossy é cool e é a última tendência no mundo da beauté. Aposte!”, finaliza a maquiadora.


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Travesti na novela das 9, Silvero Pereira se sente bem como homem ou mulher

Silvero Pereira fala sobre Nonato de A Força do Querer e as questões LGBT (Foto: Globo/Maurício Fidalgo)Silvero Pereira fala sobre Nonato de A Força do Querer e as questões LGBT (Foto: Globo/Maurício Fidalgo)

Silvero Pereira se define como uma pessoa que não gosta de se “encaixotar”. Livre de preconceitos e firme em suas opiniões, ele não deixa que ninguém o coloque para baixo. “Ser chamado de ‘viado’ e ‘traveco’ para mim é motivo de orgulho”, diz ele em entrevsita. Cearense de Mombaça, uma cidade de 50 mil habitantes, o ator de 35 anos – filho de operário e mãe lavadeira – é casado há nove com um dramaturgo, mas teve várias namoradas na adolescência.  


Foi pensando em defender atores transexuais e travestis que Pereira montou a companhia teatral AsTravestidas. Defensor dos direitos da comunidade LGBT, ele acredita que é preciso lutar por leis que defendam a todos: “Se não, vamos acabar revelando que o Brasil se finge democrático e libertário, mas é assassino e violento.”


Como tem sido a repercussão de seu personagem na novela?
SILVERO PEREIRA Faço teatro há 18 anos. Construí uma trajetória artística e política muito importante. Há 15 anos, me dedico às questões LGBT, de travestis, transexuais e transformistas, e  ganhei notoriedade, mas, claro, tudo isso está muito longe do que uma novela das 9 consegue proporcionar. Não consigo mensurar o tamanho disso tudo. Estou em cartaz em São Paulo com a peça “Brtrans“, e, outro dia, andando pela Avenida Paulista, pela primeira vez as pessoas me abordam para falar sobre o Nonato, meu personagem na novela. Nas redes sociais, tenho um Instagram bem ativo e, às vezes, entro ao vivo. Quando isso acontece, sempre aparece uma pessoa que decide me agredir. Reajo politicamente.


O que chama de reagir politicamente?
PEREIRA – Quando tentam me chamar de “viadão”, “traveco”, palavras que podem ser consideradas depreciativas e insultos, eu rebato dizendo que, para mim, elas são motivo de orgulho, adjetivos bem positivos. Esse tipo de atitude faz com que eu acabe levantando essa bandeira para outras pessoas que, no dia a dia, são agredidas e até espancadas. Costumo dizer: “Respondam [às agressões] e se sintam orgulhosas pelo que são”. É muito fácil julgar uma travesti que está na esquina se prostituindo. Mas qual a história dela? Precisamos nos aprofundar nessas questões, sair da superficialidade para entender o que ela sofreu desde criança. Ela está na rua tentando sobreviver.

Leandra Leal e Silvero Pereira na Parada do Orgulho LGBT, neste domingo (18) (Foto: Reprodução Instagram)Leandra Leal e Silvero Pereira na Parada do Orgulho LGBT, neste domingo (18) (Foto: Reprodução Instagram)

Quando decidiu ser ator?
PEREIRA – Minha irmã Cristiana e eu costumávamos brincar de show de calouros. Desde pequeno, gostava de me fantasiar. Trancado no banheiro, me sentia seguro para me expor, pois, sozinho, podia brincar com minhas fantasias. Alguns amigos na infância, principalmente as meninas,  compreendiam minha inclinação para as artes e participavam das minhas invenções. Mas só fui saber o que era teatro quando me mudei para Fortaleza, aos 17 anos. Quando assisti a primeira peça de teatro, descobri o que queria fazer na vida.

Silvero vive a travesti Elis Miranda em A Força do Querer (Foto: Fábio Rocha/TV Globo)Silvero vive a travesti Elis Miranda em A Força do Querer (Foto: Fábio Rocha/TV Globo)

Quando você contou à sua família que era homossexual?
PEREIRA –
Esse sempre foi um assunto difícil de falar com minha família, mas, de maneira natural, eles compreenderam que não podiam exigir de mim questões heteronormativas. Não podiam exigir namoradas, casamento, filhos, algo que eles tentaram  durante minha adolescência. Depois que me reconheci de fato, não permiti que ninguém interferisse em minha construção. 


Você se relacionou com meninas?
PEREIRA – Durante toda a minha adolescência, todas as minha relações foram com meninas. Primeiro namorei meninas; depois, passei a me relacionar com garotos. Foi um processo natural. Não gosto de me encaixotar na obrigação de me definir homossexual, bissexual. Gosto muito mais da liberdade de ser, do que da obrigação de definir. Essa é uma frase que tenho usado sempre. Hoje, aos 35 anos, sou feliz com minha identidade. Não me privo dos meus desejos, sejam eles por homens ou por mulheres. Permito que esses desejos aconteçam e, se tiver que ser por homem ou por mulher, que seja bem bonito para mim.


Como os travestis eram tratados em sua cidade natal?
PEREIRA – uma história muito perturbadora da minha infância: Há uma travesti em minha cidade, que mora lá até hoje, chamada Barbosinha. Sempre me disseram que ela tinha uma doença e eu não deveria me aproximar. Era uma espécie de lenda urbana que dizia que a gente não podia ter contato com a Barbosinha. Quando saí da minha cidade, eu era transfóbico. Fui obrigado a não gostar de Barbosinha, a pensar que ela era quase um bicho.  Mas, apesar de eu não ter compreensão sobre sexualidade e identidade de gênero, sentia interesse por esses temas, mesmo sem saber ainda me encaixar. Foi no teatro que compreendi que as pessoas tinham me feito pensar tudo errado.


Você sofreu preconceito no início de sua carreira?
PEREIRA – Sim, por fazer trabalhos para travestis. A classe artística começou a dizer que eu não era era ator, que deveria virar transformista e seguir os passos de minhas colegas nas boates. Mas enfrentei tudo e hoje digo: “Vocês estavam errados”. Hoje, há travestis que trabalham como  funcionárias públicas, são casadas, respeitadas. Claro que ainda existem muitas que são marginalizadas, mas o cenário é bem diferente de quando eu era mais jovem.


Por que você montou a companhia de teatro As Travestidas?
PEREIRA – Estamos num movimento muito bonito rumo à representatividade nas artes cênicas e me considero alguém que, de fato, contribuiu para esse movimento. Há 15 anos, no Ceará, acompanhei muitas amigas artistas largarem o teatro para trabalhar apenas em boates. A construção do meu grupo foi uma luta política, de resistência, para que as meninas voltassem ao  teatro. No grupo, temos três transexuais graduadas em artes cênicas. Somos em 12 integrantes e tem de tudo: hétero, homo, bi,  fluido de gênero, travesti, transexual e transformista.


O que falta para o seu grupo se multiplicar?
PEREIRA – Políticas públicas em defesa das questões LGBT. A área artística está à frente de outros setores. É preciso que as pessoas reconheçam que o Brasil é o país onde se mata mais travesti e trans no mundo. Não há políticas em defesa dessa comunidade. O Brasil se finge democrático e libertário, mas é assassino e violento.


Na TV, você prefere se ver como Elis ou Nonato?
PEREIRA – Me sinto tão feliz de barba quanto de cabelo comprido e usando vestido. O masculino é uma coisa que me interessa, me excita e me deixa feliz. Mas o feminino é algo que me comove, mexe comigo. Me sinto feliz das duas formas. Até uns 30 anos, me sentia confuso sobre a masculinidade, a feminilidade, mas agora transito normalmente. O teatro foi minha terapia e me ajudou intensamente a resolver essas questões.


Assuntos sobre modelos e agencias de modelos na web: Agencias de modelos Melhores agencias de modelos Altura necessária para as modelos Como entrar para uma Agencia de Modelos Agencias de Modelos Brasileiras Agencia de Modelos do Brasil Lista de Agencias de Modelos Brasileiras Matérias sobre Modelos e o mundo da moda Lista de Agencias de Modelos Modelos Masculinos Empório Armani Online Lista de Agencias de Modelos Agencias de Modelos Agencias de modelos famosas Principais Agencias de Modelos Informações sobre agencias de modelos Moda no Estadao Folha de S.Paulo Portal G1 SPFW Informações sobre agencias de modelos e modelos Agencias de Modelos e Top Models Modelos, Agencias de Modelos e Bastidores da Moda Modelos, Agencias de Modelos e Moda Agencias de Modelos, Agencias de Moda do Brasil, Top Models, Modelos Femininos, Modelos Masculinos Vulnerável e Oscilante Moda, Modelos e Agencias de Modelos Veja Fashion Agencia de Modelos e Top Models Principais Agencias de Modelos do País: FORD MODELS, MEGA MODEL BRASIL, MAJOR MODEL BRASIL, LEQUIPE AGENCE, Way Model

Travesti na novela das 9, Silvero Pereira se sente bem como homem ou mulher

Silvero Pereira fala sobre Nonato de A Força do Querer e as questões LGBT (Foto: Globo/Maurício Fidalgo)Silvero Pereira fala sobre Nonato de A Força do Querer e as questões LGBT (Foto: Globo/Maurício Fidalgo)

Silvero Pereira se define como uma pessoa que não gosta de se “encaixotar”. Livre de preconceitos e firme em suas opiniões, ele não deixa que ninguém o coloque para baixo. “Ser chamado de ‘viado’ e ‘traveco’ para mim é motivo de orgulho”, diz ele em entrevsita. Cearense de Mombaça, uma cidade de 50 mil habitantes, o ator de 35 anos – filho de operário e mãe lavadeira – é casado há nove com um dramaturgo, mas teve várias namoradas na adolescência.  


Foi pensando em defender atores transexuais e travestis que Pereira montou a companhia teatral AsTravestidas. Defensor dos direitos da comunidade LGBT, ele acredita que é preciso lutar por leis que defendam a todos: “Se não, vamos acabar revelando que o Brasil se finge democrático e libertário, mas é assassino e violento.”


Como tem sido a repercussão de seu personagem na novela?
SILVERO PEREIRA Faço teatro há 18 anos. Construí uma trajetória artística e política muito importante. Há 15 anos, me dedico às questões LGBT, de travestis, transexuais e transformistas, e  ganhei notoriedade, mas, claro, tudo isso está muito longe do que uma novela das 9 consegue proporcionar. Não consigo mensurar o tamanho disso tudo. Estou em cartaz em São Paulo com a peça “Brtrans“, e, outro dia, andando pela Avenida Paulista, pela primeira vez as pessoas me abordam para falar sobre o Nonato, meu personagem na novela. Nas redes sociais, tenho um Instagram bem ativo e, às vezes, entro ao vivo. Quando isso acontece, sempre aparece uma pessoa que decide me agredir. Reajo politicamente.


O que chama de reagir politicamente?
PEREIRA – Quando tentam me chamar de “viadão”, “traveco”, palavras que podem ser consideradas depreciativas e insultos, eu rebato dizendo que, para mim, elas são motivo de orgulho, adjetivos bem positivos. Esse tipo de atitude faz com que eu acabe levantando essa bandeira para outras pessoas que, no dia a dia, são agredidas e até espancadas. Costumo dizer: “Respondam [às agressões] e se sintam orgulhosas pelo que são”. É muito fácil julgar uma travesti que está na esquina se prostituindo. Mas qual a história dela? Precisamos nos aprofundar nessas questões, sair da superficialidade para entender o que ela sofreu desde criança. Ela está na rua tentando sobreviver.

Leandra Leal e Silvero Pereira na Parada do Orgulho LGBT, neste domingo (18) (Foto: Reprodução Instagram)Leandra Leal e Silvero Pereira na Parada do Orgulho LGBT, neste domingo (18) (Foto: Reprodução Instagram)

Quando decidiu ser ator?
PEREIRA – Minha irmã Cristiana e eu costumávamos brincar de show de calouros. Desde pequeno, gostava de me fantasiar. Trancado no banheiro, me sentia seguro para me expor, pois, sozinho, podia brincar com minhas fantasias. Alguns amigos na infância, principalmente as meninas,  compreendiam minha inclinação para as artes e participavam das minhas invenções. Mas só fui saber o que era teatro quando me mudei para Fortaleza, aos 17 anos. Quando assisti a primeira peça de teatro, descobri o que queria fazer na vida.

Silvero vive a travesti Elis Miranda em A Força do Querer (Foto: Fábio Rocha/TV Globo)Silvero vive a travesti Elis Miranda em A Força do Querer (Foto: Fábio Rocha/TV Globo)

Quando você contou à sua família que era homossexual?
PEREIRA –
Esse sempre foi um assunto difícil de falar com minha família, mas, de maneira natural, eles compreenderam que não podiam exigir de mim questões heteronormativas. Não podiam exigir namoradas, casamento, filhos, algo que eles tentaram  durante minha adolescência. Depois que me reconheci de fato, não permiti que ninguém interferisse em minha construção. 


Você se relacionou com meninas?
PEREIRA – Durante toda a minha adolescência, todas as minha relações foram com meninas. Primeiro namorei meninas; depois, passei a me relacionar com garotos. Foi um processo natural. Não gosto de me encaixotar na obrigação de me definir homossexual, bissexual. Gosto muito mais da liberdade de ser, do que da obrigação de definir. Essa é uma frase que tenho usado sempre. Hoje, aos 35 anos, sou feliz com minha identidade. Não me privo dos meus desejos, sejam eles por homens ou por mulheres. Permito que esses desejos aconteçam e, se tiver que ser por homem ou por mulher, que seja bem bonito para mim.


Como os travestis eram tratados em sua cidade natal?
PEREIRA – uma história muito perturbadora da minha infância: Há uma travesti em minha cidade, que mora lá até hoje, chamada Barbosinha. Sempre me disseram que ela tinha uma doença e eu não deveria me aproximar. Era uma espécie de lenda urbana que dizia que a gente não podia ter contato com a Barbosinha. Quando saí da minha cidade, eu era transfóbico. Fui obrigado a não gostar de Barbosinha, a pensar que ela era quase um bicho.  Mas, apesar de eu não ter compreensão sobre sexualidade e identidade de gênero, sentia interesse por esses temas, mesmo sem saber ainda me encaixar. Foi no teatro que compreendi que as pessoas tinham me feito pensar tudo errado.


Você sofreu preconceito no início de sua carreira?
PEREIRA – Sim, por fazer trabalhos para travestis. A classe artística começou a dizer que eu não era era ator, que deveria virar transformista e seguir os passos de minhas colegas nas boates. Mas enfrentei tudo e hoje digo: “Vocês estavam errados”. Hoje, há travestis que trabalham como  funcionárias públicas, são casadas, respeitadas. Claro que ainda existem muitas que são marginalizadas, mas o cenário é bem diferente de quando eu era mais jovem.


Por que você montou a companhia de teatro As Travestidas?
PEREIRA – Estamos num movimento muito bonito rumo à representatividade nas artes cênicas e me considero alguém que, de fato, contribuiu para esse movimento. Há 15 anos, no Ceará, acompanhei muitas amigas artistas largarem o teatro para trabalhar apenas em boates. A construção do meu grupo foi uma luta política, de resistência, para que as meninas voltassem ao  teatro. No grupo, temos três transexuais graduadas em artes cênicas. Somos em 12 integrantes e tem de tudo: hétero, homo, bi,  fluido de gênero, travesti, transexual e transformista.


O que falta para o seu grupo se multiplicar?
PEREIRA – Políticas públicas em defesa das questões LGBT. A área artística está à frente de outros setores. É preciso que as pessoas reconheçam que o Brasil é o país onde se mata mais travesti e trans no mundo. Não há políticas em defesa dessa comunidade. O Brasil se finge democrático e libertário, mas é assassino e violento.


Na TV, você prefere se ver como Elis ou Nonato?
PEREIRA – Me sinto tão feliz de barba quanto de cabelo comprido e usando vestido. O masculino é uma coisa que me interessa, me excita e me deixa feliz. Mas o feminino é algo que me comove, mexe comigo. Me sinto feliz das duas formas. Até uns 30 anos, me sentia confuso sobre a masculinidade, a feminilidade, mas agora transito normalmente. O teatro foi minha terapia e me ajudou intensamente a resolver essas questões.


Assuntos sobre modelos e agencias de modelos na web: Agencias de modelos Melhores agencias de modelos Altura necessária para as modelos Como entrar para uma Agencia de Modelos Agencias de Modelos Brasileiras Agencia de Modelos do Brasil Lista de Agencias de Modelos Brasileiras Matérias sobre Modelos e o mundo da moda Lista de Agencias de Modelos Modelos Masculinos Empório Armani Online Lista de Agencias de Modelos Agencias de Modelos Agencias de modelos famosas Principais Agencias de Modelos Informações sobre agencias de modelos Moda no Estadao Folha de S.Paulo Portal G1 SPFW Informações sobre agencias de modelos e modelos Agencias de Modelos e Top Models Modelos, Agencias de Modelos e Bastidores da Moda Modelos, Agencias de Modelos e Moda Agencias de Modelos, Agencias de Moda do Brasil, Top Models, Modelos Femininos, Modelos Masculinos Vulnerável e Oscilante Moda, Modelos e Agencias de Modelos Veja Fashion Agencia de Modelos e Top Models Principais Agencias de Modelos do País: FORD MODELS, MEGA MODEL BRASIL, MAJOR MODEL BRASIL, LEQUIPE AGENCE, Way Model